Homenagem a dona Dete

Dona Dete
Tenho compartilhado com os amigos sobre aquelas pessoas que homenagearei, no mês de novembro (na sessão solene), com a medalha Dr. José Bento Ribeiro Dantas. Volto a afirmar que escolhi essas pessoas, basicamente pela tradição e pela cultura que elas representam para nosso povo e para nossa cidade. E hoje, quero apresentar mais uma mulher que viveu os tempos difíceis e inesquecíveis de Búzios, quando ainda era uma simples e desconhecida vila de pescadores.



Odete de Almeida Costa, mais conhecida como Dete, é uma típica Buziana que nasceu e viveu em um período onde a vida na península era pacata e tranquila, embora difícil do ponto de vista financeiro. Mãe de quatro filhos, cinco netos e dois bisnetos, esta senhora que esbanja energia no auge dos seus 71 anos, nasceu e cresceu no bairro dos ossos - Armação dos Búzios - onde aprendeu a trabalhar costurando redes para pesca de arrastão (modalidade de pesca onde se exige redes de de alta resistência). Dete, conta que tais redes exigiam grande habilidade para trançar e costurar, dado a grossura do material empregado na confecção. Como tantas outras buzianas do seu tempo, Dete também trabalhou nas casas de veraneio para aumentar a renda familiar e assim proporcionar uma melhor condição de vida à sua família. Era mais uma daquelas que usufruía do lendário Poço da Bomba, onde buscava água para cozinhar, lavar as roupas e suprir outras necessidades básicas. É uma uma mãe admirada e muito respeitada pelos filhos e netos, que se orgulham da educação e dos princípios ensinados pela matriarca da família. Atualmente, Dete reside no bairro de Geribá, onde vive cercada pelos amigos e parentes. Ela, como tantas outras, ajudou a construir e moldar um pouco da nossa local.

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